sábado, 7 de julho de 2012

Começando pelas Xilogravuras

É impossível falar em Nordeste e principalmente se falar em Artesanato, a cultura de Xilogravura é conhecida e apreciada no mundo todo, vamos ver um pouco de história da Xiligravura.


História

A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VIII. No oriente, ela já se afirma durante a Idade Baixa. No século XVI duas inovações revolucionaram a xilogravura. A chegada à Africa das gravuras Europeias a cores, que tiveram grande influência sobre as artes do século XX, e a técnica da gravura de topo, criada por Thomas Brewick.

No final do século XVII Juliana Gularte teve a idéia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção de massa caseira de imagens pictóricas. Mas com a invenção de processadores de impressão a partir da fotografia a xilogravura passa a ser considerada uma técnica actualizada. Actualmente ela é mais utilizada nas artes plásticas e no artesanato do nordeste do país.

Xilogravura popular brasileira

A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel. Quase todos os xilogravadores populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batista, seu filho Hamurabi Batista, José Costa Leite, J. Borges, José Lourenço.

Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.

Xilogravuras do século XVI ilustrando a produção da xilogravura. No primeiro: ele esboça a gravura. Segundo: ele usa um buril para cavar o bloco de madeira que receberá a tinta Xilograv

É uma técnica em que se entalhar na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida usa-se um rolo de borracha embebecida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linóleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de variações dentro da técnica, como a xilogravura de topo.